Medicina Geral e Familiar
“Uma Disciplina académica e científica, com os seus próprios conteúdos de educação, investigação, base de evidência e atividade clínica. Uma especialidade clínica orientada para os cuidados primários”.
Definição dada pela WONCA EUROPA (The European Society of General Pratice/ Family Medicine) em 2002.
Enquanto especialidade clínica fundamenta-se em três pilares essenciais – acessibilidade, continuidade e globalidade – sendo o seu objeto de estudo, o individuo, integrado no seu meio biopsicossocial e abordado de forma holística.
A Medicina Geral e Familiar caracteriza-se por:
- Ser o primeiro ponto de contacto médico com o sistema de saúde, lidando com diversos problemas de saúde, independentemente das características do utente em questão.
- Utilizar eficientemente os recursos de saúde, coordenando a prestação de cuidados, e assumindo o papel de advogado do utente quando necessário.
- Desenvolver uma abordagem centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, sua família e comunidade onde está inserido.
- Ter uma metodologia própria de consulta, estabelecendo uma relação médico-doente longitudinal, através de uma comunicação efetiva.
- Gerir simultaneamente os problemas de saúde agudos e crónicos dos indivíduos.
- Lidar com os problemas de saúde em todas as suas dimensões física, psicológica, social, cultural e existencial.
O médico especialista em Medicina Geral e Familiar desempenha um papel complexo e essencial nos sistemas de saúde e, nos últimos anos, tem-se assistido a uma maior valorização do papel deste profissional na comunidade, constituindo-se como um recurso valioso para as famílias e a comunidade.